Teve um engraçadinho que entrou nos meus comentários e deixou um recado ANONIMO dizendo que copiando e colando é fácil fazer um blog.
(TÁ ele/a foi um tanto mais deselegante que isso)
Eu nunca pretendi ser original prá começar. Existem pessoas que tem muito mais habilidade para isso que eu.
Segundo em todos os posts que eu copio e colo, coloco os créditos das páginas e das fotos, pois CONHEÇO A LEI DE DIRETOS AUTORAIS.
A idéia do blog é ter um espaço para organizar diversos tipos de materiais diferentes para meus alunos pesquisarem sobre o que estamos estudando.
Enfim....É mais fácil criticar do que fazer melhor.
OBRIGADA PELA VISITA!!
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
A trilha das lágrimas
A Trilha das Lágrimas
BY VINICIUS CABRAL · NOVEMBRO 9, 2011
A partir de 1831, cerca de 80 mil nativos norte-americanos tiveram que deixar
suas terras ao leste e sudeste dos EUA e migrar para uma região onde hoje fica
o estado de Oklahoma, um pouco mais ao oeste, onde foi criada uma grande
área que serviria como um “território indígena unificado”.
suas terras ao leste e sudeste dos EUA e migrar para uma região onde hoje fica
o estado de Oklahoma, um pouco mais ao oeste, onde foi criada uma grande
área que serviria como um “território indígena unificado”.
Só que esta migração não foi nada fácil, nem pode ser considerada um ato de
caridade do governo dos EUA para com os nativos do país.
caridade do governo dos EUA para com os nativos do país.
As cinco tribos “civilizadas” no caminho dos brancos:
Seminole, Choctaw, Creek, Cherokee e Chickasaw. Estes eram os cinco povos considerados “civilizados” pelos governantes dos EUA no século XIX, cinco nações nativas – odeio usar a palavra “indígena” – que viviam há séculos nas terras do leste e do sudeste da América do Norte.
Caminho percorrido pelos nativos. Clique na imagem para ver o mapa maior.
Para eles, deixar as terras e rumar para uma região completamente
desconhecida mais de 1500Km distante de casa foi uma verdadeira
“Trilha de Lágrimas”, porque o governo dos EUA não ajudou no transporte
de uma forma que a distância fosse superada com facilidade e muitos
nativos morreram durante a viagem.
Na verdade, o “Ato de Remoção dos Índios” (Indian Removal Act) assinado em
1830 pelo presidente Andrew Jackson expulsou os nativos de suas terras,
pois a maioria vivia em regiões estratégicas para o desenvolvimento dos EUA,
vitimados por uma crise na produção de alimentos que começou por
volta de 1828 e pode ser considerada um dos principais, senão o principal
motivo que levou o presidente Jackson a assinar o Ato.
1830 pelo presidente Andrew Jackson expulsou os nativos de suas terras,
pois a maioria vivia em regiões estratégicas para o desenvolvimento dos EUA,
vitimados por uma crise na produção de alimentos que começou por
volta de 1828 e pode ser considerada um dos principais, senão o principal
motivo que levou o presidente Jackson a assinar o Ato.
Estes nativos, já acostumados com a presença do homem branco e até mesmo
integrados à sociedade da época – mesmo que de forma marginal – viviam como
povos, digamos, em processo de perda de identidade cultural, causada pela
aproximação com o homem branco e com os descendentes dos negros trazidos
da África para trabalharem como escravos. As nações que mais sofriam na época
com este processo de aculturação eram os povos Cherokees e Choctaw, mas
os outros três povos citados acima também sofriam este processo, em maior
ou menor escala.
Mesmo assim, estes povos gozavam de autonomia política, o que não os proibia
de serem considerados pelo governo dos EUA como cidadãos daquele país, o
que não foi considerado na hora de propor a mudança.
de serem considerados pelo governo dos EUA como cidadãos daquele país, o
que não foi considerado na hora de propor a mudança.
A resistência dos nativos não foi gratuita. Os nativos teriam que deixar
suas terras férteis, úmidas e arborizadas em troca de viver em terras semi-áridas
do centro dos EUA. Como a vida já não era lá uma maravilha, pois os
nativos sofriam uma certa discriminação do homem branco, a remoção foi
marcada, muitas vezes, por intensas discussões das lideranças nativas com as
autoridades norte-americanas e até mesmo uso da força militar, quando necessária.
suas terras férteis, úmidas e arborizadas em troca de viver em terras semi-áridas
do centro dos EUA. Como a vida já não era lá uma maravilha, pois os
nativos sofriam uma certa discriminação do homem branco, a remoção foi
marcada, muitas vezes, por intensas discussões das lideranças nativas com as
autoridades norte-americanas e até mesmo uso da força militar, quando necessária.
Os Choctaw iniciaram a migração em 1831, seguidos em 1832 pelos Seminole.
Os Creeks saíram em 1834 e os Chickasaw em 1837. O povo Cherokee foi o
último a deixar suas terras, não sem antes resistirem à saída. É que eles
sabiam, já na década de 1820, do interesse nas remoções por parte de
pessoas ligadas à administração pública. Assim eles iniciaram um processo de
assimilação com os costumes dos brancos e a sociedade local, trabalhando no
comércio das cidades e das vilas, cuidando de plantações como o homem branco
fazia – e plantando o que o branco plantava – e construindo casas de madeira.
Os Creeks saíram em 1834 e os Chickasaw em 1837. O povo Cherokee foi o
último a deixar suas terras, não sem antes resistirem à saída. É que eles
sabiam, já na década de 1820, do interesse nas remoções por parte de
pessoas ligadas à administração pública. Assim eles iniciaram um processo de
assimilação com os costumes dos brancos e a sociedade local, trabalhando no
comércio das cidades e das vilas, cuidando de plantações como o homem branco
fazia – e plantando o que o branco plantava – e construindo casas de madeira.
Casa cherokee por volta do ano 1820
No caso dos Cherokee, houve o uso da força militar para forçá-los a deixarem
as terras, e cerca de 4 mil nativos morreram nos confrontos até que o povo
cherokee resolveu deixar a região, mesmo com a decisão favorável dada pela
Suprema Corte que permitia os Cherokee manter seus domínios.
as terras, e cerca de 4 mil nativos morreram nos confrontos até que o povo
cherokee resolveu deixar a região, mesmo com a decisão favorável dada pela
Suprema Corte que permitia os Cherokee manter seus domínios.
É engraçado – para não dizer trágico – falar de um fato histórico deste porte
ocorrido em um país que hoje em dia alega defender minorias étnicas quando
aponta seus canhões para outros países e acusa seus mandatários de ditadores.
ocorrido em um país que hoje em dia alega defender minorias étnicas quando
aponta seus canhões para outros países e acusa seus mandatários de ditadores.
A expansão para o oeste ocorrida nos EUA matou milhares de nativos e mutilou
muitos outros, e a “Trilha das Lágrimas foi, de certa forma, um capítulo desta
expansão.
muitos outros, e a “Trilha das Lágrimas foi, de certa forma, um capítulo desta
expansão.
Agora… engraçado mesmo é dizer que a região para onde eles foram havia
petróleo, descoberto tempos depois. Óbvio que nem todos os nativos levam uma
vida abastada proporcionada pelos rendimentos do petróleo – e a extração
nessas áreas nem é tão grande assim – mas algumas famílias de algumas tribos
vivem até hoje da extração deste precioso líquido.
petróleo, descoberto tempos depois. Óbvio que nem todos os nativos levam uma
vida abastada proporcionada pelos rendimentos do petróleo – e a extração
nessas áreas nem é tão grande assim – mas algumas famílias de algumas tribos
vivem até hoje da extração deste precioso líquido.
E, assim como ocorre com outras culturas, os descendentes dos homens e
mulheres que enfrentaram a “Trilha das Lágrimas” hoje vivem como
fazendeiros, professores, agricultores, advogados… enfim, completamente
inseridos na cultura do “homem branco” e dos EUA, mesmo guardando nas
veias suas origens e nas tradições orais que ainda são passadas pelas famílias,
suas histórias e lendas.
mulheres que enfrentaram a “Trilha das Lágrimas” hoje vivem como
fazendeiros, professores, agricultores, advogados… enfim, completamente
inseridos na cultura do “homem branco” e dos EUA, mesmo guardando nas
veias suas origens e nas tradições orais que ainda são passadas pelas famílias,
suas histórias e lendas.
by: Históriazine
Expansão EUA - mais detalhes
FORMAÇÃO DAS SOCIEDADES NACIONAIS E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL NOS ESTADOS UNIDOS, NO SÉCULO XIX.
EXPANSÃO PARA O OESTE AMERICANO
EXPANSÃO PARA O OESTE AMERICANO
As Colônias do Norte ou Nova Inglaterra :
Província de New Hampshire mais tarde o estado de New Hampshire
Província da Baía de Massachusetts mais tarde os estados de Massachusetts e Maine
Colônia de Rhode Island mais tarde o estado de Rhode Island
Colônia de Connecticut mais tarde o estado de Connecticut
As Colônias Centrais
Província de Nova Iorque (Nova Iorque e Vermont)
Província de Nova Jérsei (Nova Jérsei )
Província de Pensilvânia (Pensilvânia)
Colônia de Delaware (Delaware)
As Colônias do SulProvíncia de Maryland (Maryland)
Colônia e Domínio da Virgínia (Virgínia, Kentucky e Virgínia do Oeste)
Província da Carolina do Norte (Carolina do Norte e Tennessee )
Província da Carolina do Sul (Carolina do Sul )
Província da Geórgia (Geórgia)
As colônias inglesas da América do Norte eram bem diferentes da maioria das colônias existentes no mundo.
Apesar de estarem divididas, as 13 colônias inglesas, de um modo geral, tinham certa autonomia em relação a metrópole.
As colônias do Norte eram típicas de povoamento, utilizando mão-de-obra assalariada, tendo liberdade de comercializar seus produtos, já que não havia nenhum interesse da coroa inglesa em explorar tal região em virtude de terem as mesmas condições climáticas da metrópole. Com isso, qualquer produto cultivado naquele local também poderia ser cultivado e produzido na Inglaterra.
As colônias do Sul, de exploração, utilizavam mão-de-obra escrava. Mercado externo e relação comercial mais estreita com a metrópole.
Controle não tão rigido da Inglaterra.
O "Pacto Colonial" existia em teoria. A Inglaterra se sentia satisfeita em ter relação comercial com o sul e não se preocupava em impor às 13 colônias, o cumprimento do "Pacto", no qual elas deveriam consumir produtos manufaturados somente da sua metrópole.
As colônias localizadas ao centro, tinham características variadas, sofrendo influência tanto das colônias do Norte, quanto das do Sul.
Apesar de estarem divididas, as 13 colônias inglesas, de um modo geral, tinham certa autonomia em relação a metrópole.
As colônias do Norte eram típicas de povoamento, utilizando mão-de-obra assalariada, tendo liberdade de comercializar seus produtos, já que não havia nenhum interesse da coroa inglesa em explorar tal região em virtude de terem as mesmas condições climáticas da metrópole. Com isso, qualquer produto cultivado naquele local também poderia ser cultivado e produzido na Inglaterra.
As colônias do Sul, de exploração, utilizavam mão-de-obra escrava. Mercado externo e relação comercial mais estreita com a metrópole.
Controle não tão rigido da Inglaterra.
O "Pacto Colonial" existia em teoria. A Inglaterra se sentia satisfeita em ter relação comercial com o sul e não se preocupava em impor às 13 colônias, o cumprimento do "Pacto", no qual elas deveriam consumir produtos manufaturados somente da sua metrópole.
As colônias localizadas ao centro, tinham características variadas, sofrendo influência tanto das colônias do Norte, quanto das do Sul.
Quais as motivações para a expansão para o Oeste ?
Após a derrota de Napoleão Bonaparte na Europa, e da realização do Congresso de Viena, em 1815, uma era de relativa estabilidade iniciou-se na Europa.
Os americanos passaram a prestar menos atenção na Europa e mais para o desenvolvimento interno.
Na primeira metade do século XIX, milhares de americanos e imigrantes europeus moveram-se em direção aos novos territórios obtidos pelos Estados Unidos da Inglaterra e da França e além das fronteiras americanas, instalando-se em terras estrangeiras, como o Oregon (então controlada pelo Reino Unido), e a Califórnia e o Texas (então controladas pelo México.
FATORES / MOTIVOS PARA A EXPANSÃO:
Ampliação de fronteiras e busca de terras para agricultura;
Busca de matérias-primas e expansão capitalista;
Ida de imigrantes europeus para os Estados Unidos motivados pelo desejo de posse de terras;
Melhoria nas condições de vida;
Busca por ouro;
Liberdade religiosa.
Observar que esta expansão levou a opressão e dizimação dos povos indígenas.
DOUTRINA MONROE
A Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente James Monroe (presidente de 1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823:
“Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […] “
A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos“ e seu pensamento consistia em três pontos:
“Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […] “
A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos“ e seu pensamento consistia em três pontos:
Não criação de novas colônias nas Américas;
Não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
Não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.
Reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17 de Setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson : "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país.
BIG STICK (Grande Porrete)
Foi uma frase de efeito usada para descrever o estilo de diplomacia empregada pelo presidente Theodore Roosevelt.
Os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no hemisfério ocidental.
Tomou o termo emprestado de um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete", implicando que o poder para retaliar estava disponível, caso fosse necessário.
As intenções desta diplomacia eram de proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na América Latina. Estas ideias levaram à expansão da U.S. Navy e a um maior envolvimento nas questões internacionais.
Os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no hemisfério ocidental.
Tomou o termo emprestado de um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete", implicando que o poder para retaliar estava disponível, caso fosse necessário.
As intenções desta diplomacia eram de proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na América Latina. Estas ideias levaram à expansão da U.S. Navy e a um maior envolvimento nas questões internacionais.
Lei de Remoção dos Índios
Lei do deslocamento das comunidades indígenas de seus territórios para a região de Oklahoma. Reserva determinada pelo governo.
Trilha ou Caminho das Lágrimas foi o nome dado pelos nativos às viagens de recolocações e migrações forçadas, impostas pelo governo dos Estados Unidos m reunidas no chamado "Território Indígena”
Durante as remoções vários morreram. Estima-se que, da tribo Cherokee, de uma população de 15.000 vieram a falecer cerca de 4.000 índios.Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios, acompanharam-nos nas remoções pela Trilha
Trilha ou Caminho das Lágrimas foi o nome dado pelos nativos às viagens de recolocações e migrações forçadas, impostas pelo governo dos Estados Unidos m reunidas no chamado "Território Indígena”
Durante as remoções vários morreram. Estima-se que, da tribo Cherokee, de uma população de 15.000 vieram a falecer cerca de 4.000 índios.Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios, acompanharam-nos nas remoções pela Trilha
DESTINO MANIFESTO
O Destino Manifesto expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina.
Acreditaram que expansão era óbvia ("manifesto") e inevitável ("destino").
O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, freqüentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico.
by: historia
http://sergiohistoria.blogspot.com.br/2010/10/2o-ano-4o-bimestre-expansao-para-o.html
Acreditaram que expansão era óbvia ("manifesto") e inevitável ("destino").
O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, freqüentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico.
by: historia
http://sergiohistoria.blogspot.com.br/2010/10/2o-ano-4o-bimestre-expansao-para-o.html
Expansão territorial EUA e destino Manifesto
Os Estados Unidos e a Conquista do Oeste
INTRODUÇÃONa passagem do século XVIII para o XIX, os Estados Unidos recém-independentes, ainda formavam um pequeno país, que se estendia verticalmente entre o Maine e a Flórida e horizontalmente entre a costa do Atlântico e o Mississipi.
O primeiro momento do processo de independência dos Estados Unidos, havia se iniciado efetivamente com a mobilização das 13 colônias, frente o fortalecimento fiscal estabelecido pela metrópole com o término da Guerra dos 7 Anos em 1763.
Após o episódio do "Boston Tea Party", a Inglaterra recrudesceu ainda mais sua relação com as colônias, através das Leis Intoleráveis, o que provocou uma maior mobilização dos colonos através da convocação do Primeiro e Segundo Congresso da Filadélfia. Esse último, contando com a participação de Benjamim Franklin e Thomas Jefferson, elaborou e proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos (4 de julho de 1776), que por ter sido a primeira independência na América, exercerá forte influência nos demais movimentos de emancipação política do continente, no contexto da crise do Antigo Sistema Colonial.
ANTECEDENTES: LEIS, PARTIDOS E PRINCÍPIOS
Antes mesmo da independência os colonos americanos já cobiçavam as terras do Oeste, impedidas de serem colonizadas pela Lei do Quebec(parte das Leis Intoleráveis, 1774), que proibia a ocupação de terras pelos colonos entre os montes Apalaches e o Mississipi. Apesar de pressões como essa, a expansão para o Oeste ganhou força após a independência, sendo alimentada ideologicamente pelo "Destino Manifesto", princípio que defendia a idéia de que os colonos norte-americanos de origem calvinista estariam na América por predestinação divina, com a missão civilizatória de ocupar os territórios situados entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
A Lei Noroeste de 1787 já visava consolidar o futuro expansionismo, ao estabelecer que as terras ocupadas que atingissem 60 mil habitantes formariam um novo território que seria incorporado à União como Estado. Nesse mesmo ano foi sancionada a constituição federal, até hoje em vigor que formalizou a política da nova nação através de uma República Presidencialista Federalista.
O primeiro presidente eleito após a carta de 1787 foi George Washington (1789-97), que enfrentou as primeiras dificuldades na política interna, em razão da interpretação dada à constituição.
Os grupos políticos iam se definindo em organizações partidárias, originando a formação dos partidos Federalista e Republicano Democrático.O primeiro, liderado por Alexander Hamilton no governo de John Adams (1797-1801) apoiava-se mais nos interesses dos grandes comerciantes do norte, enquanto que o segundo, que chegou ao poder com Thomas Jefferson (1801-09), estava mais ligado aos pequenos proprietários rurais e aos cidadãos dos Estados menores. O Partido Federalista defendia um poder central mais forte, enquanto que o Partido Republicano Democrático era favorável a uma maior autonomia para os Estados.
Ao eleger os dois presidentes seguintes - James Madison (1809-17) e James Monroe (1817-25) -- o Partido Republicano Democrático dava um novo impulso ao expansionismo com a conhecida Doutrina Monroe ("América para os americanos"), que defendia as independências na América Latina, frente ao caráter recolonizador europeu do Congresso de Viena. Contudo, conforme os interesses territoriais dos Estados Unidos foram ampliando-se, a Doutrina Monroe seria mais bem definida pela frase "América para os norte-americanos", caracterizando objetivos já inseridos na esfera do imperialismo.
Entre 1829 e 1837 o governo de Andrew Jackson iniciou uma nova orientação político-partidártia, representada pelo Partido Democrático, que estava ligado aos interesses dos latifundiários do Oeste e do operariado do norte. Conhecida na história como "era Jackson", essa fase, foi marcada por perseguições e expurgos de elementos que pertenciam a governos anteriores, processo que ficou conhecido como "sistema de despojos" (Spoil Sistem).
Com um crescimento demográfico fulminante -- 4 milhões de habitantes em 1801, para 32 milhões em 1860 -- associado às constantes correntes de imigrantes, à construção de uma vasta rede ferroviária à descoberta de ouro na Califórnia em 1848, a expansão em direção ao Oeste tornava-se cada vez mais inevitável.
A EXPANSÃO
O expansionismo pode ser dividido em três frentes: negociação, Guerra do México e anexação de terras indígenas.
A ação diplomática dos Estados Unidos foi marcada por um grande êxito já no início do século XIX, quando Napoleão Bonaparte em 1803 debilitado pelas guerras na Europa, vendeu a Lousiana (um imenso território onde foram formados 13 novos Estados) por 15 milhões de dólares. Em seguida (1819), a Espanha vendia a Flórida por apenas 5 milhões de dólares. Destaca-se ainda a incorporação do Oregon, cedido pela Inglaterra em 1846 e do Alasca, comprado da Rússia por 7 milhões de dólares em 1867, dois anos após o término da Guerra de Secessão.
Em 1821 os norte-americanos passaram a colonizar parte do México com aval do próprio governo mexicano, que em troca, exigiu adoção do catolicismo nas áreas ocupadas. As dificuldades para consolidação de um Estado Nacional no México, marcadas por constantes conflitos internos e ditaduras, acabaram criando condições mais favoráveis ainda para a expansão dos Estados Unidos. Foi nessa conjuntura, que em 1845, colonos norte-americanos proclamaram a independência do Texas em relação ao México, incorporando-o aos Estados Unidos. Iniciava-se a Guerra do México (1845-48), na qual a ex-colônia espanhola perdia definitivamente para os Estados Unidos as regiões do Texas, além das do Novo México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado. Em apenas três anos cerca de metade do México incorporava-se aos Estados Unidos.
Destaca-se ainda, a anexação de terras indígenas, através de um verdadeiro genocídio físico e cultural dos nativos, o que ficava evidenciado na visão que alguns colonos difundiam durante o expansionismo, de que "o único índio bom é um índio morto", afirmação essa, atribuída ao general Armstrong Custer, considerado um dos maiores matadores de índios nesse contexto.
A configuração geográfica atual dos Estados Unidos seria concluída apenas em 1912, com a incorporação do Arizona.
CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO
Durante o movimento expansionista dos Estados Unidos, o avanço econômico era notado no país de forma bem diferente. Enquanto o norte assistia o crescimento do comércio e principalmente de uma indústria cada vez mais sólida, o sul permanecia agrícola, e as novas terras do oeste eram marcadas pela pecuária e mineração. Ao longo da primeira metade do século XIX essas divergências entre o norte (industrial e abolicionista) e o sul (rural e escravista), serão agravadas, já que ambos tentarão impor seus respectivos modelos sócio-econômicas sobre os novos Estados incorporados.
Uma poderosa burguesia industrial e comercial, juntamente com um crescente operariado fabril marcava o desenvolvimento da sociedade nortista, antagonizando-a com a sulista, que permanecia estagnada e dominada por uma aristocracia rural escravista vinculada ao latifúndio agro-exportador. Nas novas terras do Centro-Oeste nascia uma sociedade organizada a partir dos pioneiros com base na agricultura e na pecuária.
Os Estados Unidos formavam um único país, mas esse país pensava, trabalhava e vivia diferente, abrigando na realidade duas nações: o Norte-Nordeste de um lado e o Sul-Sudeste de outro.
A manutenção da escravidão no sul e o aumento da rivalidade social e econômica durante a conquista do Oeste, associado a outros elementos também conflitantes, como a questão das tarifas alfandegárias e o crescimento do novo Partido Republicano, criam condições historicamente favoráveis para aquela que é considerada a maior guerra civil na história do século XIX: a Guerra de Secessão.
by: Historia Net
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=346
Ditadura Militar
Pontos importantes:
1.
Duração: 1964 -1985 (21 anos)
2.
Governo Militar:
- Após o
golpe - junta militar
-
Humberto Castelo Branco (1964-1967)
A partir de 1967 iniciou-se os “ANOS DE CHUMBO” da ditadura militar no Brasil – PERÍODOS DE MAIOR PERSEGUIÇÃO AOS OPOSITORES DO REGIME e implantação do AI-5, com os presidentes:
-Arthur da Costa e Silva (1967 - 1969)
- Emilio
Garrastazu Médici (1969 - 1974)
- Ernesto
Geisel (1974-1979) – Início da abertura politica (1979 – lei da ANISTIA)
Obs.: A
anistia favoreceu tanto os exilados políticos durante o regime militar, quanto
os militares que torturaram e mataram presos políticos nos porões das cadeias
pelo país.
- João
Figueiredo (1979-1985) – eleições
diretas para governadores – militares (ARENA) perdem o poder nos Estados;
volta do PLURIPARTIDATRISMO/ criação do
PT (Partido dos Trabalhadores), com o apoio de muitos intelectuais e
artistas; ascensão de Luís Inácio da Silva (Lula) como líder politico forte e
carismático.
-
Tancredo Neves – eleito indiretamente = morre antes de assumir; seu vice José Sarney é quem toma posse,
tornando-se o primeiro presidente civil.
- 1988 –
primeira eleição DIRETA para presidente (Lula X Collor) = vencedor – Fernando
Collor de Mello.
3. Outras
Observações:
-
Partidos políticos – apenas 2 eram permitidos durante o regime militar ARENA
(Aliança Renovadora nacional), os apoiadores dos militares e o MDB (Movimento
Democrático Brasileiro), a única “oposição” permitida (não era considerada um
risco).
Além
desses 2 partidos, no entanto, muitas outras agremiações politicas existiam na
ILEGALIDADE, como por exemplo, PCdoB e VPR (Partido Comunista do Brasil e
Vanguarda Popular Revolucionária).
-
CENSURA: estava presente em TODAS as áreas da cultura e da sociedade: teatro,
televisão, jornais, revistas, rádio, cinema, livros e principalmente músicas
(de protesto ou que atentavam contra a “moral e bons costumes”) e nas
universidades (grêmios estudantis e o movimento estudantil como um todo eram
combatidos).
-
PERSEGUIÇÃO POLITICA E TORTURA: Os opositores do sistema considerados perigosos,
taxados de subversivos ou comunistas que incitavam a desordem e a revolta
popular contra a situação que os militares deixaram o país (FALTA DE DEMOCRACIA
E DE LIBERDADES, ALÉM DA SUPRESÃO DOS DIREITOS CIVIS), foram perseguidos pela
policia politica, eram presos, torturados, algumas vezes mortos e desaparecidos
(exemplos: Vladmir Herzog – jornalista e Rubens Paiva deputado federal – ambos
eram pessoas públicas); ou ainda foram obrigados a deixar o Brasil (slogan
“Brasil: ame-o ou deixe-o”) – os EXILADOS políticos.
- OS ATOS
INSTITUCIONAIS (AIs): os militares governaram o país por meio de Atos
Institucionais que suspendiam os direitos constitucionais dos cidadãos e dava
ao presidente da república cada vez mais poder.
O AI-5
foi o mais duro dos atos institucionais e hoje é o mais comentado, pois, dava
poder para o presidente atuar em todas as esferas (nacional, estadual e
municipal), em prol da segurança
nacional, abolia o Habeas Corpus
e instaurava a censura prévia.
FORAM 5
OS ATOS INSTITUCIONAIS.
- A COPA
MUNDIAL DE FUTEBOL DE 1970: o futebol já era um esporte importante para os
brasileiros em 1970, no entanto, foi a partir da Copa do México que esse tema
passou a ser recorrente, quase exclusivo e prioritário nos noticiários
brasileiros.
Devido a
CENSURA , os meios de comunicação dedicavam a enaltecer e comemorar as
conquistas do time brasileiro no mundial, abafando as atrocidades que
aconteciam nos porões da ditadura militar.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
A queda do Império Romano
Crise do Império Romano
Causas da crise do Império Romano do Ocidente, enfraquecimento, invasão dos povos bárbaros
Introdução
Após séculos de glórias e conquistas territoriais, o Império Romano começou a apresentar sinais de crise já no século III.
Causas da crise do Império Romano:
- Enorme extensão territorial do império que dificultava a administração e controle militar (defesa);
- Enorme extensão territorial do império que dificultava a administração e controle militar (defesa);
- Com o fim das guerras de conquistas também diminuíram a entrada de escravos. Com menos mão-de-obra ocorreu uma forte crise na produção de alimentos. A queda na produção de alimentos gerou a diminuição na arrecadação de impostos. Com menos recursos, o império passou a ter dificuldades em manter o enorme exército;
- Aumento dos conflitos entre as classes de patrícios e plebeus, gerando instabilidade política;
- Crescimento do cristianismo que contestava as bases políticas do império (guerra, escravidão, domínio sobre os povos conquistados) e religiosas (politeísmo e culto divino do imperador);
- Aumento da corrupção no centro do império (Roma) e nas províncias (regiões conquistadas);
Estes motivos enfraqueceram o Império Romano, facilitando a invasão dos povos bárbaros germânicos no século V.
Estes motivos enfraqueceram o Império Romano, facilitando a invasão dos povos bárbaros germânicos no século V.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
REVOLUÇÃO FRANCESA - 2ºS ANOS.
Contexto Histórico: A França no século XVIII
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.
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A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A Revolução Francesa (14/07/1789)
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A burguesia no poder
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmenteiluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
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quarta-feira, 21 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
9ºS ANOS - Situação de aprendizagem 2 - A GUERRA FRIA
Guerra Fria
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
História da Guerra Fria, corrida armamentista, OTAN e Pacto de Varsóvia, macartismo, Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã, corrida espacial, Plano Marshall, Queda do Muro de Berlim, "Cortina de Ferro".
Introdução
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.
Paz Armada
Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.
Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologiatambém chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
A divisão da Alemanha
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.
"Cortina de Ferro"
Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).
Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnãpassou a ser socialista.
Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
"GERMINAL" - 8ºANO C - situação de aprendizagem 2.
20/04/2013 - 04h07
Crítica: "Germinal", de Émile Zola, incita proletários contra a burguesia
LUIZ BRAS
ESPECIAL PARA A FOLHA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Arnold Hauser, o polêmico historiador da literatura, escreveu que Émile Zola (1840-1902), apesar de seu racionalismo positivista, foi o mais romântico dos naturalistas.
Hauser via no cientificismo unilateral, não-dialético, do romancista francês a ação de um sistematizador romântico, que enxergava em toda parte alegorias, em vez de fenômenos individuais concretos.
Essa provocação germânica faz sentido.
O romance mais celebrado de Zola é na verdade um elo numa corrente. "Germinal" é o décimo terceiro volume da saga familiar dos "Rougon-Macquart", em vinte volumes, iniciada em 1870 e concluída em 1893.
Inspirada na colossal "A Comédia Humana", de Balzac, a saga de Zola traz um subtítulo que não deixa a menor dúvida quanto à sua intenção analítica, científica: "História Natural e Social de uma Família sob o Segundo Império".
"Germinal", publicado em 1885, nasceu como um longo e radical panfleto a favor do movimento operário na França. E foi como um longo e radical panfleto que sobreviveu até hoje.
Muito mais importante do que suas qualidades estritamente literárias, supervalorizadas pela crítica imanente, é o seu sincero engajamento social.
Militância autêntica, sem perífrases nem dissimulação: foi isso que manteve o romance nas livrarias por mais de cem anos.
REVOLTA
"Germinal" narra as condições sub-humanas de vida numa mina de carvão na França, batizada apropriadamente de Voraz.
Étienne Lantier é o militante que organiza a violenta revolta dos mineiros, contra a miséria, a fome e a doença. Em resumo: contra o poderio do capital.
A greve ganha corpo, impõe-se. O capital convoca a tropa armada. Acirram-se os confrontos, multiplicam-se as mortes. No final, a inevitável derrota dos trabalhadores.
]Mas, na visão do otimista Zola, era uma derrota que não deixava os vitoriosos tranquilos, pois os mineiros haviam descoberto sua própria força.
A imagem quente, cheia de luz, que fecha a epopeia de Étienne é a mais bela visão desse otimismo.
Afastando-se da mina, rumo a Paris, Étienne observa as sementes germinando no campo, a vida vegetal encorpando e transbordando.
Para ele, os mineiros não demorariam a fazer o mesmo. Em breve, um exército negro brotaria da terra, a golpes de picareta, para conquistar o mundo.
"Germinal" e de modo geral toda a obra de Zola costumam ser tachados de maniqueístas. Mas a segunda metade do século 19 europeu não foi uma época muito matizada. Nesse contexto, parecia haver apenas o bem e o mal.
Isso permitiu a Zola, em seu romance mais persuasivo sobre a luta de classes, dizer de maneira clara e direta, sem rodeios: abençoados proletários do mundo, arranquem da burguesia demoníaca o que é seu de direito.
LUIZ BRAS é autor de "Sozinho no Deserto Extremo" (Prumo).
GERMINAL
AUTOR Émile Zola
EDITORA Estação Liberdade
TRADUÇÃO Mauro Pinheiro
QUANTO R$ 79 (560 págs.)
AVALIAÇÃO ótimo
AUTOR Émile Zola
EDITORA Estação Liberdade
TRADUÇÃO Mauro Pinheiro
QUANTO R$ 79 (560 págs.)
AVALIAÇÃO ótimo
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