terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

8ºs anos - Independencias na América: EUA, América Latina e Brasil.

Eu usarei como base os textos do site "Toda Matéria" (com os devidos créditos) para organizar uma tabela comparativa entre as três formas de independência que ocorreram no continente americano e que posteriormente (assim que estiver pronta), será postada aqui, junto as estas informações.
A tabela será de minha autoria, para ser usada com os meus alunos, servindo aos propósitos das minhas dinâmicas de aulas, porém, poderá ser usada por qualquer um que veja utilidade nela.

Independencia dos EUA – Referência site: Toda Matéria

O crescimento do comércio colonial do Norte, que passou a concorrer com a metrópole, levou a Inglaterra a mudar sua política econômica.

O Parlamento inglês decidiu aumentar as taxas e os direitos da Coroa na América, para pagar as taxas dos custos da Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Esse conflito ocorreu entre os ingleses e franceses pela posse das terras a oeste das treze colônias inglesas.
Novas medidas foram tomadas. George Grenville, primeiro ministro inglês, colocou nas colônias uma força militar de 10 mil homens, acarretando despesa de 350 mil dólares. Um terço desse valor seria arrecadado com a aprovação de novas leis: a Lei do Açúcar (Sugar Act) e a Lei do Selo (Stamp Act).
Sugar Act, aprovada em 1764, estabelecia novas taxas alfandegárias sobre grande quantidade do produto importado. Isso, exceto o produzido nas Antilhas Inglesas, entre os quais melaço, para a fabricação de rum e açúcar.
No ano seguinte, foi aprovada a Lei do Selo, que obrigava o seu uso em documentos, livros, jornais, baralhos etc.
Em 1767, a crise eclodiu, com novas taxas sobre vidros, papéis, tintas e a Lei do Chá(Tea Act), que dava o monopólio desse comércio à Companhia das Índias Ocidentais.
Em 1770 ocorreu o Massacre de Boston, episódio que terminou com a morte de quatro soldados ingleses.
Em dezembro de 1773, vários colonos jogaram ao mar todo o carregamento de chá dos navios da Companhia das Índias que estavam ancorados no porto de Boston. O episódio ficou conhecido como “Festa do Chá de Boston”.
Em 1774, como represália à manifestação ocorrida em Boston. O governo inglês decretou os Atos Intoleráveis, entre elas a interdição do porto de Boston até ser paga a indenização pelo chá destruído.

Guerra da Independência dos Estados Unidos
Indignados com as Leis Intoleráveis, representantes dos colonos reuniram-se no Primeiro Congresso Continental de Filadélfia, realizado em setembro de 1774. Nele, resolveram enviar ao governo inglês um pedido para que fossem revogados os Atos Intoleráveis.

Em 1775 os colonos voltaram a se reunir no Segundo Congresso Continental de Filadélfia e, declararam guerra à Inglaterra.

George Washington foi nomeado comandante das forças americanas e Thomas Jefferson ficou encarregado de redigir a Declaração de Independência. A Declaração foi aprovada no dia 4 de julho de 1776.

Na sua luta em prol da Independência, os colonos contaram com a ajuda militar da Espanha, Holanda e França.

O conflito armado só terminou em 1783, quando, a derrotada Inglaterra assinou o Tratado de Paris, pelo qual reconhecia a Independência dos Estados Unidos.

VEJA TAMBÉM: República
A Constituição dos Estados Unidos
Durante os anos de 1776 a 1787, os Estados Unidos ficaram sob um regime político de Confederação, onde os Estados gozavam de absoluta soberania.

Em 1787, para garantir a ordem em todo o território do país, representantes de cada Estado se reuniram na Filadélfia, numa Convenção onde apresentavam um projeto de Constituição.
Discutida e votada, a Constituição norte americana foi promulgada no mesmo ano, mas só foi acatada por todos os estados em 1789.

A Carta Constitucional, vigente até hoje, determinava que o Estado americano seria uma república federativa presidencialista. Ela estabeleceria os três poderes independentes: Executivo, Legislativo e Judiciário.


Independência da América espanhola - Referência site: Toda Matéria

A Independência das colônias espanholas na América ocorreu após quase 300 anos de domínio colonial e resultou na formação de 18 novos países.

Antecedentes
Os movimentos de emancipação estiveram divididos em três fases denominadas:

Movimentos precursores - 1780 a 1810
Rebeliões fracassadas - 1810 a 1816
Rebeliões vitoriosas - 1817 a 1824
O império colonial espanhol, desde o século XVIII, estava dividido em quatro vice-reinados e quatro capitanias gerais:

Nova Espanha: composto pelo México e parte dos Estados Unidos.
Nova Granada:integrada pelos atuais territórios de Colômbia, Panamá e Equador,
Peru: correspondente ao Peru;
Rio da Prata: constituía a área equivalente a Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Por sua parte, as capitanias-gerais equivalem territórios de Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.

Causas
As independências das colônias da América Espanhola ocorrem no século XVIII quando as ideias como liberalismo e autonomia começavam a conquistar as elites criollas.

Além disso, podemos citar como causas:

A influência da Independência dos EUA;
O desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio;
A expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha e destituiu o rei Fernando VII;
O apoio militar do Haiti;
O apoio financeiro da Inglaterra.
As primeiras ações militares receberam duras repressões da metrópole. Embora tenham ocorrido de maneira desorganizada e intempestiva, ajudaram os moradores das colônias a questionarem o sistema de exploração e criaram as condições para as futuras guerras.

Entre os mais importantes movimentos está o liderado por Tupac Amaru II, que lutou a partir de 1780 pela independência do território peruano.

No primeiro levante, 60 mil índios foram mortos pelos espanhóis e Tupac Amaru foi preso e executado. A partir de 1783, revoltas semelhantes ocorreram e foram igualmente reprimidas na Venezuela e no Chile.

O principal líder venezuelano foi Francisco de Miranda (1750-1816) que, em 1806, deu os primeiros passos para a independência das colônias da Espanha. Miranda seguiu o modelo norte-americano e também o haitiano, quando os escravos se libertaram da França.

Rebeliões Vitoriosas (1817 a 1824)

Entre as principais lideranças está Simón Bolívar (1783-1830) cuja campanha militar resultou na independência de Colômbia, Equador e Venezuela.

Em troca do apoio militar fornecido pelos haitianos, Bolívar se comprometeu em abolir a escravidão em todos os territórios que conquistasse.

A independência da Argentina, Chile e Peru foi comandada por José de San Martín (1778-1850). Ambos os líderes se encontraram em Guayaquil, em 27 de julho de 1822, a fim de combinar estratégias políticas para os novos países.

Quando a maioria das colônias espanholas já havia feito sua independência, os Estados Unidos proclamaram a Doutrina Monroe.

Com o lema "América para os Americanos", a doutrina resumia-se no combate a intervenções de caráter militar dos países europeus às nações do continente americano.

Décadas mais tarde seriam os americanos que fariam o mesmo expulsando os espanhóis de Porto Rico e Cuba.

Consequências
Apesar de ser o desejo de líderes como Simón Bolívar, as colônias espanholas se fragmentaram em vários países após a Conferência do Panamá.
A aristocracia criolla passou a governar os Estados soberanos emancipados.
A economia continuou a se basear na exportação de matérias-primas e ser dependente da produção industrializada das nações europeias.
Manutenção da estrutura colonial onde os brancos eram a elite e índios e mestiços eram considerados inferiores.


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